MULHER QUE DENUNCIOU ABORDAGEM TRUCULENTA DE POLICIAIS MILTIARES É RECEBIDA PELO GOVERNADOR DE SERGIPE, ACOMPANHADO DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA E DO COMANDANTE DA PM. A ASSESSORIA JURÍDICA DA ASPRA/SE SE PRONUNCIA E LAMENTA "O JUÍZO DE VALOR" QUE TEM SIDO FEITO SEM SEQUER SER REALIZADA UMA APURAÇÃO DO FATO E OUVIDAS AS VERSÕES DOS POLICIAIS MILITARES, RESPEITANDO-SE OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA, E DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.

Após denunciar ter sofrido uma abordagem truculenta da Polícia Militar durante o Pré-Caju, Taislane Santos, de 31 anos, foi recebida pelo governador de Sergipe Fábio Mitidieri. O encontrou aconteceu, na tarde desta quarta-feira (8), no Palácio de Despachos, sede do Poder Executivo localizado em Aracaju, com a presença do Secretário de Segurança Pública e o Comandante-Geral da PMSE.

Taislane contou que o governador lhe pediu desculpas pela abordagem feita pelos pms e garantiu que as medidas cabíveis serão adotadas. Ela solicitou ao governador que os policiais sejam punidos para que esse tipo de conduta não se repita.

Fábio Mitidieri afirmou que essa retratação era necessária, diante do ocorrido. Ainda segundo ele, a polícia deve mudar o protocolo de abordagem.

A defesa de Taislane disse que mesmo após o pedido de desculpa, o processo judicial terá andamento.

Entenda o caso

A foliã havia relatado ter sido confundida com uma foragida da Justiça, sendo abordada duas vezes por policiais civis e militares durante a festa que ocorreu na Orla da Atalaia, em Aracaju, no último sábado (4). De acordo com ela, da segunda vez, a abordagem foi truculenta.

Fontes:  Portal G1SE

PRONUNCIAMENTO DA ASSESSORIA JURÍDICA DA ASPRA/SE

A assessoria jurídica da área criminal da ASPRA;SE (Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Sergipe) lamenta o "juízo de valor" que tem sido feito em relação ao caso, sem sequer os policiais militares terem sido ouvidos e poderem apresentar suas versões, e até mesmo uma apuração respeitando-se os princípios do contraditório e da ampla defesa, e o da presunção da inocência, consagrados na nossa Constituição Federal no artigo 5º, incisos LV e LVII. Ressalta ainda, que jamais a ASPRA/SE se omitirá na defesa dos policiais e bombeiros militares sergipanos, sendo uma associação atuante e que não se exime de lutar pela classe.