O assunto “Márcio Macedo e o Pré-Caju” ganhou repercussão nacional rapidamente, muito também pelo “fogo amigo” dentro do próprio Partido dos Trabalhadores e do governo Lula. A Secretaria-Geral da Presidência da República já anunciou que os servidores que receberam recursos públicos federais e vieram para Sergipe terão que devolver os valores; o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União está solicitando que o presidente do TCU fiscalize o caso e formalize uma denúncia junto ao Ministério Público Federal (MPF).
A equipe da Secretaria-Geral, conforme informações, tem “conexões” com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a polêmica envolvendo Márcio Macedo e o Pré-Caju repercutiu mais ainda após a exoneração da secretária-executiva da Pasta (número 2) e ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho. Conforme a mídia nacional, ela “não teria concordado com as despesas extras” com a “folia” em Sergipe; em nota, o ministro negou e assegurou que viajou para o Estado com recursos próprios, anunciando uma sindicância interna.
Mas, independente do que aconteceu (ou passa acontecer), administrativamente falando, é inegável que a notícia tem “reflexo” na política de Sergipe, onde Márcio Macedo vinha buscando iniciar a construção de um projeto para 2026, passando pelas eleições municipais deste ano. O problema é que, diante da pressão do “Tribunal da Internet”, há o risco de Márcio ser “sacrificado” para preservar o governo federal, o que pode ser muito ruim para Sergipe. Sua “queda” representaria uma perda considerável de representação, de força política, de espaços ocupados.
Mas, por ironia, este “prejuízo” seria positivo para o senador Rogério Carvalho (PT) e sua corrente política dentro do PT sergipano, considerando que ele já conta com a maioria no Diretório Municipal do Partido em Aracaju. O senador tem como sua pré-candidata à PMA, em 2024, sua esposa Candisse Carvalho, nome que não é a “preferência” de Márcio. Outro ponto que merece uma reflexão é que o ministro é pré-candidato ao Senado Federal em 2026, projeto que pode inviabilizar qualquer chance de reeleição de Rogério Carvalho.
Em síntese, a “Folia” de Márcio Macedo em Sergipe pode lhe custar muito mais do que o próprio cargo de relevância nacional, mas lhe expõe negativamente junto ao eleitorado sergipano e “ajuda” seu principal concorrente interno dentro do PT, Rogério Carvalho. O reconhecimento do erro já foi feito, publicamente; o suposto “dano ao erário” pode ser corrigido, mas o prejuízo político é grande e pode ser irreversível. Um “viva” ao território livre da internet sem regulação! O risco agora é Márcio perder os “amigos do cargo”! Mas não seria tão ruim! Há muito “oportunismo” espalhado por aí…
Veja essa!
A informação que chega a Sergipe é que o assunto “Márcio Macedo e Pré-Caju” pode antecipar a saída do ministro que, segundo se cogita, pode assumir a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. Um cargo muito relevante, politicamente falando, mas de menor potencial e representação para o povo sergipano.
E essa!
Quem já estaria “cotadíssima” para assumir o cargo de Márcio Macedo seria a própria Gleisi Hoffmann. Com todo respeito, não pegou nada bem o ministro dizer que encontrou seus assessores em Sergipe, no Pré-Caju, mas que não sabia que eles estavam sendo remunerados pelo governo federal. Mas, se ele não sabe, quem saberia, então?
Fonte: coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte
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